terça-feira, 8 de junho de 2010

Alice não mora mais aqui.. nem a Adriana.

Eu estou lá (tudo e nada) e lá (indo devagar) e não mais aqui...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nômade, outra vez

Deixei esse blog para os trabalhos manuais, mas não tenho o menor saco de postar a esse respeito, então, matei esse blog.

Criei outro, o Perfilhando (http://perfilhando.blogspot.com/), para insigths e devaneios, mas também não tenho tido saco de escrever...

Voltei a acompanhar meu orkut, mas não dou 2 meses para abandoná-lo de novo.

A internet tem andando um saco. Ou sou eu que fiquei impaciente demais...
A cosmopolita na interiorana que sou está de ressaca. Qualquer dia eu compro sal de fruta e neosaldina para ela...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Projetos em Andamento

Devagarzinho a gente vai chegando lá... o segundo pé de meia ficou decente visualmente, mas ainda com a lã muito maltratada (me lembrou meu primeiro cachecol, onde colocar o ponto na agulha era um parto! Meia então? nem pensar... ) então comecei o terceiro, aproveitando para treinar a tecnica de troca de cores. Com um ou outro tropeço, está 89% mais decente. Saindo também (faltam SÓ umas 26 barras... bobaginha!) o cachecol bicolor do Marcelo Filho. Ainda estou completamente insatisfeita com o acabamento, mas para primeiro trabalho em 2 cores, até que podia estar bem pior. Com a amostra do cachecol (é que comecei, desfiz em parte, mas mantive um pedaço para ver largura das barra), fiz uma luva sem dedos, com uma costura meia sola muito da mal acabada, só para ver como funcionava. Os meninos adoraram, e encomendaram pares, mas cada um pedindo uma coisa mais louca que outra (dedos... eles querem início de dedos!!!!) ou seja, sabe deus se vou conseguir fazer...
Ainda por fazer: as meias da Ana Clara (acho que ainda não será essa que está quase terminando, mas vamos ver), meias do Murilo, o Cachecol azul do Matheus, luvas sem dedos para os 4 (a Lê não pediu, mas aposto que vai querer), Meu cachecol bege e lilás, meias de adulto para ver se dou conta, e ao menos um gorro para aprender a lógica da montagem... E embora ainda tenha lã em holding até, acho que não vai dar nem para a saída...
Acho que vou ter que fazer uma visita ao armarinho em breve... ou ao ordopedista pois a mão direita (pasmem, já que sou canhota) tá começando a reclamar do esforço de lidar com as agulhas de 2 pontas (mas tudo bem... eu tinha o mesmo incomodo com as agulhas regulares no começo, e hoje, principalmente se for de 5 mm para cima, nem sinto que estou tricotando com elas...)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Tricotando as avesas

Eu sou cíclica em meus TOCs. O que é "desculpável" já que tempo livre é sempre manga de colete e a cada paixão, fica difícil conciliar as paixões anteriores. Andei dedicando TODO meu tempo livre (e algum tempo roubado do que não deveria ser livre) na árvore genealógica, mas estava ficando frustrada com ela... Até eu ir no cartório solicitar pelas certidões dos meus bisavôs e bisavós para ver como eles se encaixam no restante da árvore, eu estava viajando demais nos ancestrais de séculos e séculos atrás e já estava ficando booooooring.... :D
Andei pensando em voltar pro vector, principalmente depois de ver a propaganda de investimentos do Unibanco, que graficamente me deixou encantada, mas com o HD do laptop em vias de morrer, fica quase impossível pensar em fazer algo graficamente rebuscado num computador que trava a cada suspiro.

Então retomei o tricô. Em um fim de semana, 2 cachecois para a Letícia, um inclusive que simplesmente amei, usando o resto da lã rosa do primeiro (um rosa básico em carreira de tricô, que falta acabamento das franjas, mas já estou providenciando) e meu primeiro novelo do cachecol bege a muito desmanchado, com os fios entrecruzados... Me inspirei, e comecei a fazer o cachecol bicolor do Marcelo Filho, preto e branco, bem EMO, e embora ainda insatisfeita com o acabamento, estou lá, tricotando com 2 novelos ao mesmo tempo, fazendo grossas listas horizontais pretas e brancas... Mas não estava afim de passar o resto dos meus dias tricotando cachecois, e somente cachecois...

Andei pegando umas receitas de touca, mas seja pela linha ou pela agulha, ainda não consegui achar a medida correta, e de mais a mais, não estou muito interessada em fazer nas agulhas tradicionais e ter que costurar depois... E como minhas agulhas de 2 pontas estão ocupadas e minhas circulares se mostraram curtas e finas demais pro que eu queria, o projeto aprender a fazer touquinha vai esperar.

E por fim, resolvi aprender a fazer meia. O projeto final é secreto ainda, algo que vou amar fazer quando eu estiver pronta para tal, mas que prefiro guardar para mim por enquanto. Então comecei com uma meinha de bebê para a Ana Clara, filha da Dedeca (apesar dela não nos ter dado a menor confiança :) ) que acaba de nascer. A idéia era ter terminado no fim de semana, mas na sexta feira terminei o primeiro pé, e que DECEPÇÃO... O treco saiu torto, impossivel de imaginar um pé ali dentro, mesmo o de um bebê.... fiquei olhando onde podia ter errado, recomecei e desfiz o trabalho diversas vezes durante o fim de semana, enquanto pensava no que podia ter acontecido, foi quando virei a meia torta pronta do avesso e... VOALÁ... estava do jeito que eu queria, mas com os pontos trocados e o acabamento aparente...

A lógica é razoavelmente simples... E eu já havia notado no cachecol bicolor do marcelinho, que a minha carreira de ida é meio que o avesso e vice-versa.... Possivelmente porque eu puxo da agulha os pontos com a mão esquerda, e não com a direita, como os destros fariam. Em um trabalho linear, é meio simples... Vejo onde estão as eventuais emendas, o entrecruzamento das cores ou o que quer que aponte para AVESSO, e o outro lado fica sendo o direito, para efeitos de pontos especiais e coisas assim, mas no caso de uma meia ou qualquer trico circular que não tem o esquema de ida e volta, não é tão simples.

Afinal, é então preu tricotar o avesso como se fosse o direito para depois virar na hora de fazer o acabamento? Mas e ai, as reduções que se voltam hora para a direita e hora para a esquerda não deveriam acompanhar essa troca? Ou devem acompanhar o esquema de pontos? Ou será que se eu simplesmente fizer como os destros mas trocando a redução de lado não resolveria? Mas nesse caso, a curva do calcanhar não ficaria ao contrário?

Mistério...

E eu achando que meu tormento de ser canhota tinha acabado nas cadeiras de colégio, na espiral dos cadernos e nos malditos abridores de lata...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Quando o universo conspira...

O universo conspira, eventualmente contra mim. Ou muito mais provavelmente, eu estou, mais uma vez, nesse lugar indesejável entre o universo e o que quer que ele esteja em guerra com. No meio do fogo cruzado.

Estive em muitos lugares nos últimos tempos. Da experiência extra-corpórea de ver o mundo lá de cima, onde nada parecia poder me atingir, até bem fundo em mim mesma, presa de tal forma que me faltava o ar. As vezes tenho a impressão de que quanto mais leve eu fico, mas alto eu voo e subtamente caio dentro de mim, com o peso de mil e uma gravidades. Não sei.

Sei que por instantes quase senti saudade de agosto, onde os voos razantes de bruxas de plantão são esperados, e não estas ingratas surpresas em pleno abril. E começou ainda em março, tão antes do meu inferno astral, que nem a desculpa astrológica eu pude dar.

Pequenas coisas. Infestações de pragas. Detalhes. Desgostos. Nada que eu pudesse mentalizar o mantra de que só existem 2 tipos de problemas: os que tem solução e de nada adianta reclamar pois é preciso arregaçar as mangas e soluciona-los, e os que não tem solução, e dessa forma, também não adianta reclamar mas aprender a conviver com eles. Era sempre miudezas, troco, mixarias. Dessas coisas que sozinhas não valem o cafézinho.

Mas vinham juntas. E em bando. E ininterruptamente.
A exata diferença entre um gafanhoto no quintal, e milhares deles na plantação.

Houve dessas pequenas coisas corriqueiras que nos chateiam e nada mais. Houve dos eventos inexplicáveis dignos de filme de terror. E por fim, como cereja no topo do bolo, houve a sensação de que não era só comigo, mas era comigo em especial, e que não iria parar.

Ontem eu me senti muito pouco mais que uma casca vazia. Ontem eu precisei de suspiros profundos pra achar o ar. Hoje eu senti raiva. Ódio profundo por estar totalmente impotente frente ao mar de casualidades. Má sorte. Olho gordo. Energias negativas que não queriam me deixar em paz. E então, de repente e por fim, só o que me veio a mente foi : Let it Be.

Porque talvez, só talvez, o universo esteja a conspirar e talvez até, contra mim. E se for verdade, em algum momento, ele passará a conspirar em meu favor.

Ou talvez seja apenas esses momentos em que há tanta poeira cósmica que o universo resolve que é hora de sacudir a embalagem, e misturar tudo de novo em uma substância homogênea e lógica como deve ser. E daí tudo é Caos até virar Ordem outra vez.

E quando tudo for de novo uno com a casualidade cósmica, eu vou poder rir (como hoje já ri um pouco) desses dias como já fiz outras vezes.

Ou talvez não. Mas dói muito mais quando a gente briga contra do que quando a gente simplesmente deixa ser.

O universo conspira. Que seja. Let it be.